quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sua Forma

Porque eu
Eu não sei
Sei que eu tive sorte
Sorte de você me amar
Amar de um jeito que me compreende
Compreende como ninguém nunca antes
Antes ninguém me aceitou dessa forma
Forma essa que é a mais bonita 
Bonita forma você é
É a forma que amo
Amo amar não sei porque

terça-feira, 27 de maio de 2014

Negro

Estava escuro,
O céu negro,
As nuvens se confundiam com fumaça.

(Ou era fumaça)

Tudo parecia estático
Ou vazio de sentido
O que é que tem sentido?

Estava frio
Ou era ela que estava despida
Com a alma nua
E pegando fogo

Não é que o fogo ou ou o escuro fossem ruins
Nem que o vazio fosse ruim
É que a fumaça e a escuridão faziam-na ficar sem ver um palmo à frente da cara.

sábado, 1 de março de 2014

Sobre o Branco e o Vazio

As coisas mais simples são as mais difíceis de definir. 
Talvez por isso eu ainda não tenha escrito sobre você: Porque você, pra mim, é uma tela em branco.
Não porque é vazia, mas porque o branco é a mistura de todas as cores, sabia? Não há nada mais colorido do que o branco. 
O branco é a única cor que te dá a possibilidade de tudo.
O branco te dá a possibilidade de fazer uma arte minimalista, de preenchê-lo inteiro de figuras e padrões que se misturem em psicodélico e pop art, ou mesmo a possibilidade de gerar vários fotogramas que resultem num filme pornô. Ou tudo isso ao mesmo tempo. 
Você pra mim é branco porque o branco é a cor das possibilidades, da leveza e de apenas deixar-se ser.
Você pra mim é branco porque surgiu quando as cores eram tão confusas que a tela que eu via era um preto composto (Já pensou em como é difícil - talvez impossível - transformar tintas misturadas a preto composto em branco de novo?)
Eu e você somos branco porque depois de você, e de mim com você, a gente pode preencher o branco com o que a gente quiser.